quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O RAMADÃ E OS CRISTÃOS

O jejum do Ramadã traz muitas implicações e desafios para aqueles que vivem em um país muçulmano e não pertencem à religião islâmica, especialmente para os cristãos. Durante esse período de jejum (que este ano é de 1º a 30 de agosto) são registrados inúmeros casos de intolerância religiosa contra aqueles que professam qualquer outra fé e que não estejam se abstendo de alimentos.

Esta época também é uma oportunidade de muitos cristãos testemunharem do amor de Deus e da salvação em Cristo, já que muitos deles acabam sendo convidados para as festas e confraternizações ao final do jejum.

Por isso, a Portas Abertas convoca todos os cristãos brasileiros a orarem e intercederem por seus irmãos em Cristo que vivem no que chamamos de “mundo muçulmano”.

Ritual obrigatório

O jejum (ramadã) é obrigatório em muitos países de maioria muçulmana ou islâmicos; por isso, ninguém pode declarar em público que não está jejuando durante este mês sagrado. Sendo o jejum um dos pilares do islamismo, os sábios muçulmanos consideram um dos pecados mais graves deixar de jejuar, mesmo que seja apenas por um dia do ramadã. Os rigores do ramadã geram em muitos fiéis frustração e zelo islâmico exacerbado. Em comunidades e cidades sob forte tensão religiosa, o último dia do ramadã gera, muitas vezes, extrema violência.

No pré-islamismo, o Ramadã foi oficialmente um mês de paz, quando as caravanas poderiam viajar desarmadas. Com os muçulmanos em declínio, Maomé decidiu agir atacando uma caravana desarmada durante o ramadã. Quando os árabes protestaram, dizendo que a guerra no mês sagrado era uma “grande transgressão”, Maomé teve uma “revelação” e declarou ser pecado qualquer coisa que pudesse abalar a fé de um muçulmano. Aquele foi o pior derramamento de sangue registrado na região até então (Sura 2:216 – 217). Atualmente, os fundamentalistas islâmicos do Egito, Paquistão, Indonésia, Argélia, entre outros, rotineiramente rivalizam com Maomé e praticam a sua jihad (guerra santa) durante o ramadã.

Muitos ataques a igrejas e cidadãos cristãos costumam acontecer nos últimos dias do Ramadã.

Na noite do 26º para o 27º dia do Ramadã, celebra-se o laylat al-kadr (noite do decreto), pois acredita-se que foi nessa noite que Alá começou a falar com Maomé. Alguns oram durante toda a noite e fazem seus pedidos mais especiais. No fim do jejum ocorre o eid ul-fitr, um banquete seguido de três dias de comemoração. É proibido jejuar nesse período. Muitos muçulmanos vestem suas melhores roupas e decoram suas casas com luzes e outros enfeites. Dívidas antigas são perdoadas e dinheiro é dado aos pobres. Alimentos especiais são preparados e amigos ou parentes são convidados a partilhar a festa. Presentes e cartões são trocados e as crianças recebem presentes, algo semelhante ao Natal comemorado nos países do Ocidente.

Hadith: “Todo aquele que quebrar o jejum, mesmo por um dia, durante o Ramadã sem uma boa razão, nem mesmo toda a eternidade pode compensar”.

Penalidades, multas e prisões

Em muitos países do mundo muçulmano não praticar o jejum ou comer na frente de alguém que está jejuando é uma falta grave. Na Arábia Saudita, por exemplo, quem ousar admitir que não está jejuando é punido.

No Marrocos o código penal prevê pena de até seis meses de prisão a quem não praticar o jejum. A Constituição marroquina ressalta que o islamismo é a religião oficial, mas diz também que o Estado protege a liberdade religiosa, enquanto o código penal criminaliza a quebra do jejum em público. Dessa forma, os indivíduos são obrigados a praticar o Ramadã de duas formas: pela lei e pela religião.

Na Argélia, por exemplo, em outubro de 2008, seis pessoas foram condenadas a quatro anos de cadeia e receberam pesadas multas. No Kuwait, uma lei de 1968 estipula multa e/ou encarceramento para aqueles que forem flagrados comendo, bebendo ou mesmo fumando durante o período sagrado do Ramadã. Nos Emirados Árabes Unidos, comer ou beber durante o dia é considerado uma ofensa menor e punida com serviços comunitários. Nos Emirados, as leis trabalhistas estabelecem que durante o Ramadã os empregados devem trabalhar apenas seis horas por dia, sejam eles muçulmanos ou não.

FONTE: PORTAS ABERTAS

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